Programa de Pós-graduação em Economia Política Mundial

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Sobre a Articulação de Esquerda na cidade de São Paulo – Capital

A Capital é governada pela direita desde 2017, em uma sequência de prefeitos muitos ruins para a classe trabalhadora e a população pobre da cidade. As políticas, práticas e referencial neoliberais são o fio condutor que interligam essa sequência. Doria, Covas e Nunes aprofundaram a destruição de todos os serviços públicos voltados para o povo da cidade. Privatizar é o lema principal. Até mesmo o serviço funerário, incluindo os cemitérios, passou a ser administrado por empresa privada. O resultado, nesse caso, veio muito rápido: a deterioração de um serviço tão sensível para as pessoas, que nem podem mais ter um tratamento digno para os seus entes queridos falecidos.

O governo de Tarcisio no estado é uma versão piorada, se é que isso é possível, do governo Bolsonaro. A linha geral de extrema-direita e de políticas neoliberais extremas são as marcas desse governo. Que é muito próximo do prefeito da Capital. O principal foco da dupla nesse momento é a privatização da SABESP.

O PT da Capital em 2020, em processo que fomos contra, decidiu pela candidatura de Tatto á prefeitura. O resultado conhecemos bem. Além de uma péssima colocação no resultado para a eleição para a prefeitura, elegemos uma bancada de vereadores que quase sempre se alinha com a prefeitura e os vereadores da base governista. O PT saiu bastante fragmentado, até porque algumas candidaturas a vereador decidiram não apoiar nosso candidato e apoiar Boulos, candidato do PSOL. Agora, para 2024, o partido decidiu não apresentar candidatura própria e apoiar Boulos, em um acordo costurado sem a participação das instâncias municipais, o que gerou muitas críticas. As eleições do ano que vem têm uma enorme importância para a consolidação do governo Lula e o fortalecimento do partido, até mesmo vislumbrando às eleições presidenciais em 2026. E na Capital enfrentarmos essas eleições sem candidato próprio a prefeito e um puxador de votos, como foi Suplicy. Uma dura e desafiadora batalha.

E é nesse contexto que a AE da Capital encontra grandes desafios de mobilização da sua militância orgânica e não-orgânica. Tem havido um esvaziamento grande nas atividades e nas discussões. Ao longo dos últimos anos os problemas foram se agravando e não temos hoje uma tendência com a força que precisamos ter para uma intervenção de peso no processo eleitoral e nas lutas da classe trabalhadora na cidade. Precisamos nos reaglutinar e atrair nossa militância e novos militantes. Precisamos ter musculatura para enfrentar os desafios do próximo período. A direção recém-eleita tem essa como sua tarefa principal.

Hoje a nossa militância está distribuída nas seguintes instâncias partidárias e áreas do movimento popular e sindical:

DZ Butantã, DZ Pinheiros, …… Setoriais da Saúde, do Meio Ambiente, de Ciências e TI, ……

Sindicato dos Bancários, Movimentos do Meio Ambiente, Moradia, Educação, …..

Sobre a posição da AE-Capital em relação a questão da vereança em SP

Como falei no congresso. Acho que não temos condições de lançar candidatura própria. Não temos, infelizmente, a tendência articulada e mobilizada nesse momento. Uma candidatura não se constrói somente com vontade, são necessárias condições objetivas para isso. E nós não temos nem gente, nem dinheiro e nem estrutura para sustentar uma campanha, principalmente em uma conjuntura difícil como a que teremos ano que vem. Não será uma eleição normal, por menos que as últimas eleições também não tenham sido.

Não temos o candidato a prefeito, para puxar o voto no 13 e destacar a nossa imagem, nem um grande puxador de votos. Vamos ter uma concorrência séria do PSOL. Em várias regiões da cidade disputamos espaço com eles, que estão fortalecidos em função de Boulos ser o candidato. Não sabemos até que ponto Bolos se esforçará para puxar nossos candidatos. Pelo perfil dele e do PSOL não acredito que ele fará grande esforço. A eleição de 22 é um bom exemplo da falta que faz um bom candidato a prefeito puxando o PT. E se não fosse Suplicy teríamos menos eleitos que o PSOL.

Isso não depende da pessoa que seria escolhida ou das bandeiras que ela carregue. São questões objetivas e políticas. Não pessoais, por restrições a ninguém. A tendência na capital não tem condições de sustentar uma campanha minimamente competitiva. E não dá para entrar na disputa somente para marcar posição.

Nesse sentido defendi e defendo que a AE-Capital apoie uma candidatura próxima politicamente a nós, do nosso campo político, que nos respeite enquanto força política, apesar do nosso peso numérico pequeno, que abra de fato espaços para participação efetiva na coordenação e nas decisões políticas da campanha e que tenha real viabilidade eleitoral e que nos abra espaço para uma participação efetiva na condução do eventual mandato, dentre alguns pontos importantes. Participar da campanha de uma candidatura vitoriosa certamente nos ajudará a nos aglutinar contando com as forças que realmente temos, fazendo diferença com a nossa capacidade de formulação política. Além disso podemos e devemos concentrar nosso esforço de campanha em algumas poucas áreas em que temos alguma presença no movimento popular na cidade, trazendo todos os votos que formos capazes de trazer.

 

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